Investir em imóveis residenciais voltou a ser altamente lucrativo no Brasil.
Segundo um levantamento da imobiliária digital QuintoAndar, em parceria com o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), a rentabilidade total bruta desses ativos alcançou 19,1% ao ano em 2024, superando os 16,4% registrados em 2023.
O índice é composto pela soma do rendimento com aluguel (6,2%) e pela valorização média dos imóveis (12,9%). Os dados foram divulgados nesta terça-feira (25) e refletem um cenário favorável para quem busca retorno financeiro no setor imobiliário.
Fatores que impulsionaram o desempenho
De acordo com o economista do QuintoAndar, Evandro Luis Alves, o bom desempenho está atrelado a diferentes vetores da economia. “Diversos fatores influenciam essa equação, como o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e a disponibilidade de crédito subsidiado, como o oferecido pelo programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV)”, explicou.
O estudo foi baseado em dados de anúncios e contratos fechados pela plataforma, além do Índice Geral do Mercado Imobiliário Residencial (IGMI-R), que mede a variação de preços de venda a partir de laudos de financiamentos imobiliários fornecidos por bancos.
Aluguel e valorização seguem em alta
O rendimento médio com aluguéis residenciais aumentou de 5,7% em 2023 para 6,2% em 2024, confirmando a tendência de valorização do mercado. Já a valorização dos imóveis saltou de 10,6% para 12,9% no mesmo período.
Capitais com desempenho acima da média
O levantamento mostra que algumas capitais brasileiras se destacaram com rentabilidade total bruta superior à média nacional em 2024:
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Belo Horizonte (MG): 26,6% ao ano
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São Paulo (SP): 17,2% ao ano
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Rio de Janeiro (RJ): 12,9% ao ano
Esses números reforçam a atratividade do mercado imobiliário urbano, especialmente em regiões metropolitanas com maior demanda e infraestrutura consolidada.