A Polícia Civil de Goiás executou, na quarta-feira (17/12), um mandado de busca e apreensão contra uma auditora fiscal de posturas suspeita de envolvimento em estelionato e associação criminosa. A operação, parte da iniciativa denominada Operação Postura Deviata, foi desencadeada após investigações da Secretaria Municipal de Eficiência e da Controladoria-Geral do Município, que detectaram irregularidades atribuídas à servidora, que também exerce a função de advogada.
No decorrer da ação, foram confiscados equipamentos eletrônicos, documentos e comprovantes de pagamento. De acordo com as investigações, a auditora prometia a vítimas a possibilidade de obter descontos em débitos tributários, alegando que suas propostas eram equivalentes aos programas de recuperação fiscal da Prefeitura de Goiânia.
Toma como base a formalização de denúncia pela Prefeitura de Goiânia à Polícia Civil, que deu início às apurações criminais. Em um movimento paralelo, a Controladoria-Geral instaurou um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para investigar a conduta da auditora fiscal.
Conforme a Polícia Civil, após a contratação dos serviços por parte das vítimas, os débitos não eram quitados nem reduzidos junto ao órgão municipal responsável, permanecendo em aberto. Tal situação é indicativa de um possível engano induzido às vítimas para a obtensão de vantagem indevida. As investigações também revelaram que a servidora supostamente intermediou transações de compra e venda de imóveis, recebendo valores que não foram repassados aos proprietários.
Juliano Bezerra, controlador-geral do município, destacou que a administração tomou medidas imediatas ao detectar as irregularidades. Ele revelou que solicitará o afastamento da servidora até a conclusão das investigações. “O prefeito Sandro Mabel determinou que todas as irregularidades sejam apuradas e denunciadas”, afirmou Bezerra, enfatizando a importância das medidas administrativas que devem ser implementadas.
