A Polícia Civil de Goiás realizou uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira, 29 de setembro, na 8ª Delegacia Regional de Rio Verde, para comunicar a captura de Rildo Soares dos Santos. Ele é acusado de uma série de crimes, entre eles feminicídios, estupros e latrocínio, no município de Rio Verde.
A operação foi coordenada pelo Grupo de Investigação de Homicídios (GIH), junto à Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) e ao Grupo de Repressão a Crimes Patrimoniais (Gepatri). O suspeito tem um histórico de violência que também se estende à Bahia.
Estiveram presentes na coletiva o delegado-Geral da PCGO, André Ganga, o delegado Regional de Rio Verde, Danilo Fabiano, o delegado Adelson Candeo (GIH) e a delegada Fernanda Simão (Deam).
Investigações Revelam Crimes Brutais
As investigações indicaram que o acusado atuava de maneira violenta, focando principalmente em mulheres vulneráveis, como moradoras de rua ou usuárias de drogas. Os ataques ocorriam geralmente à noite, em um raio de 500 metros de sua residência. Entre as características dos crimes, destacam-se:
- Uso de extrema violência, resultando em sérios traumas cranianos nas vítimas.
- Práticas de violência sexual; em um caso, o suspeito ateou fogo em uma mulher ainda viva.
- Disfarce: utilizava um uniforme de gari para evitar desconfiança.
- Atração pelo fogo: frequentemente incendiava objetos, incluindo as vítimas.
- Fachada de normalidade, mantendo uma aparência tranquila perante vizinhos e familiares.
- Ocultação de corpos com entulhos e fogo, tentando encobrir os crimes.
Desencadeamento da Investigação
A investigação teve início após o desaparecimento de uma mulher de 23 anos, que não compareceu ao trabalho na madrugada do dia em que saiu de casa. Câmeras de segurança capturaram Rildo abordando a vítima e a conduzindo a um terreno baldio, de onde saiu sozinho minutos depois. O corpo foi encontrado enterrado sob entulhos no mesmo local.

Enquanto a Polícia Civil e a Superintendência da Polícia Técnico-Científica realizavam a perícia, o suspeito foi flagrado observando a ação policial. Ao tentar fugir, foi perseguido e capturado por um agente da PCGO, que encontrou documentos e pertences da vítima em sua posse.
Após ser confrontado com as evidências, Rildo confessou o crime e admitiu participar de outros delitos, com uniformes de gari e itens pertencentes às vítimas sendo descobertos em sua casa. As investigações continuam, buscando conectar o preso a outros casos de estupros, tentativas de homicídio e desaparecimentos na área, além de delitos em outros estados, como a Bahia.
A identificação do detido foi divulgada de acordo com a Lei nº 13.869/2019 e a Portaria nº 547/2021/DGPC, seguindo a determinação da autoridade policial para potencial identificação de novas vítimas.