Parlamentares reforçaram oposição à medida que previa maior arrecadação via imposto sobre operações financeiras. Apenas dois votos foram contrários à revogação
A Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (25), o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que revoga a decisão do governo federal de elevar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A proposta havia sido apresentada pelo governo Lula (PT) no mês passado, com o objetivo de aumentar a arrecadação e garantir o cumprimento da meta fiscal de 2025.
A proposta foi derrubada por ampla maioria, com 383 votos favoráveis e 98 contrários. Entre os deputados federais de Goiás, 15 votaram a favor da revogação, enquanto 2 parlamentares do PT votaram contra.
Votaram a favor da derrubada do aumento do IOF:
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Adriano do Baldy (PP)
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Célio Silveira (MDB)
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Daniel Agrobom (PL)
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Dr. Ismael Alexandrino (PSD)
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Dr. Zacharias Calil (União Brasil)
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Flávia Morais (PDT)
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Glaustin da Fokus (Podemos)
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Gustavo Gayer (PL)
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Jeferson Rodrigues (Republicanos)
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José Nelto (União Brasil)
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Leda Borges (PSDB)
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Magda Mofatto (PRD)
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Marussa Boldrin (MDB)
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Professor Alcides (PL)
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Silvye Alves (União Brasil)
Votaram contra a derrubada:
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Delegada Adriana Accorsi (PT)
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Rubens Otoni (PT)
Com a aprovação do PDL, o decreto presidencial perdeu validade e não poderá produzir efeitos. A derrubada representa mais uma derrota para o Palácio do Planalto no Congresso Nacional, evidenciando a fragilidade da articulação política em torno de temas econômicos sensíveis.
O IOF incide sobre operações de crédito, câmbio, seguros e títulos ou valores mobiliários. A proposta do governo previa uma ampliação dessas alíquotas, o que gerou resistência tanto no setor produtivo quanto entre parlamentares da base e da oposição.
Segundo analistas políticos, a votação revela um sinal claro de insatisfação com medidas que impactam diretamente consumidores e empresários, além de refletir a crescente autonomia da Câmara frente às iniciativas econômicas do Executivo.