O curta-metragem goiano Casca de Ferida foi premiado com o título de Melhor Trilha Sonora no 9º Festival de Cinema de Muriaé, que ocorreu recentemente em Minas Gerais. O festival, importante na cena nacional, já prestou homenagens a ícones do audiovisual brasileiro, como Hélio de La Peña e Teka Romualdo.
Essa obra cinematográfica revela, de maneira profunda e impactante, os efeitos do racismo estrutural na vida de indivíduos negros. Baseada no conto homônimo premiado de Rodrigo Celestino Rocha, o curta é dirigido por Kellen Casara, que também assina o roteiro junto a Celestino.
Casca de Ferida
Para a diretora, a conquista do prêmio destaca a potência sensorial do filme. Segundo Casara, “a trilha de Casca de Ferida nasceu para ser sentida antes de ser entendida. Roque Estrela criou uma sonoridade que pulsa como o coração do protagonista, carregando tanto tensão quanto vida. É uma música que expressa silêncio, dor e, acima de tudo, humanidade”.
Esta honraria é mais um marco significativo para a produção, que tem expandido sua participação em festivais tanto no Brasil quanto internacionalmente. Somente em 2025, Casca de Ferida acumula doze seleções em mostras, incluindo o III Festmina e o II Festival Internacional de Cinema Feminino Pode Ponto Cine.
O curta é uma realização da Gata Preta Produções, em coprodução com a Abaute Produções, e recebeu apoio financeiro da Lei Paulo Gustavo, cujo processo é gerido pela Secretaria de Estado da Cultura de Goiás.
