O Hospital Estadual de Formosa (HEF), gerido pelo Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento (Imed), em Goiás, emitiu um alerta em virtude do aumento potencial de casos de dengue no início do período chuvoso. As chuvas proporcionam um ambiente favorável para a proliferação do Aedes aegypti, mosquito vetor da doença, exigindo atenção redobrada da população.
Entre janeiro e outubro de 2023, o HEF reportou um total de 1.321 notificações de dengue, com um pico significativo durante os meses de janeiro a maio, contabilizando 979 casos. Durante o período seco, de junho a setembro, a incidência caiu para 243 ocorrências. Contudo, em outubro, houve um aumento de 37,5%, alcançando 99 casos, em virtude das chuvas que voltaram à região.
Risco de dengue: quem deve ter cuidado?
Embora a dengue possa afetar qualquer pessoa, grupos como idosos, gestantes, crianças e indivíduos com condições crônicas apresentam maior risco. Os sinais da doença podem variar, incluindo febre alta, dores musculares, dor atrás dos olhos, entre outros. A enfermeira Karolina Reis, do Núcleo Hospitalar Epidemiológico (NHE), destaca a importância da hidratação e do reconhecimento precoce dos sinais.
“Os idosos, por terem condições pré-existentes, estão mais suscetíveis a complicações. O reconhecimento de sintomas como dor abdominal intensa, vômitos e sangramentos é vital e demanda atendimento imediato”, afirma.
Orientações específicas para gestantes
Gestantes devem estar ainda mais atentas, pois a imunidade reduzida durante a gravidez as torna mais vulneráveis à dengue. Os sintomas iniciais podem ser confundidos com os desconfortos típicos da gestação, dificultando o diagnóstico. A dengue pode levar a desidratação e complicações que ameaçam tanto a saúde da mãe quanto a do bebê.
De acordo com Wanderson Sant’Ana, médico coordenador do Pronto-Socorro, os casos mais sérios demandam monitoramento rigoroso.
“A diminuição das plaquetas pode causar hemorragias, aumentando os riscos de aborto ou parto prematuro. O diagnóstico precoce é essencial para proteger tanto a gestante quanto o feto”, ressalta o especialista.
Medidas preventivas eficazes
A prevenção é a estratégia mais eficaz contra a dengue, sendo essencial eliminar os criadouros do Aedes aegypti. O mosquito se reproduz em locais com água parada, o que demanda ações simples no dia a dia. Recomenda-se, por exemplo, manter caixas d’água fechadas, limpar calhas e ralos, descartar pneus e utensílios que acumulem água e manter a limpeza de áreas externas.
O uso de repelentes e a instalação de telas de proteção são medidas recomendadas, especialmente para gestantes, crianças e idosos, que são os mais vulneráveis.
O Hospital Estadual de Formosa enfatiza que o envolvimento da comunidade é fundamental para conter a disseminação da doença. A vigilância durante o período chuvoso é essencial para evitar que pequenos focos se convertam em surtos significativos.
