A Prefeitura de Goiânia e a Universidade Federal de Goiás (UFG) iniciaram uma pesquisa colaborativa visando realizar um inventário de abelhas nos parques da capital goiana. Esta ação, que teve início nesta semana, visa catalogar as diversas espécies de abelhas presentes nas áreas verdes da cidade e identificar aquelas que estão em risco ou ameaçadas. Com isso, busca-se embasar propostas que melhorem a qualidade ambiental local.
Originado no departamento de Ecologia e Análise Ambiental da UFG, o estudo é crucial para entender a biodiversidade nos parques, especialmente a variedade de abelhas, que desempenham um papel vital na polinização e na saúde dos ecossistemas urbanos. Igor Madureira, doutor em Ecologia e Evolução e um dos pesquisadores envolvidos, destaca a importância do trabalho, afirmando que os resultados podem fundamentar políticas de conservação e iniciativas de educação ambiental.
Durante os primeiros dias de pesquisa, foram localizados 12 ninhos de abelhas pertencentes às espécies jataí, iraí, plebeia e borá, além da coleta de exemplares de cada uma delas. Madureira informa que a próxima fase incluirá ações no Parque Ambiental Itatiaia e no Zoológico, como complemento às coletas realizadas previamente pelo Professor Diego Fachin, que utiliza métodos alternativos. Outros parques, como o Bernardo Élis e o Vargem Bonita, também estão sendo avaliados para inclusão na pesquisa.
Todos os dados coletados ao longo do estudo serão divulgados ao final da pesquisa. O pesquisador pretende organizar atividades de extensão e divulgação científica para educar os visitantes dos parques sobre a relevância das abelhas. Entretanto, Madureira alerta para os desafios enfrentados, incluindo a demanda por profissionais qualificados, que são escassos, e a falta de financiamento para a pesquisa, que requer um longo período de coleta de dados primários e dados sobre a história natural.
